domingo, 19 de dezembro de 2010

Leitura Complementar e para Reflexão.

O mito da Caverna
Trata-se de um trecho do Livro VII de A República: no diálogo, as falas na primeira pessoa são de Sócrates; seus interlocutores, Glauco e Adimanto, são os irmãos mais novos de Platão.

- Agora – continuei – representa da seguinte forma o estado de nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens em morada subterrânea, em forma de caverna, que tenha em toda a largura uma entrada aberta para a luz; estes homens aí se encontram desde a infância, com as pernas e o pescoço acorrentados, de sorte que não podem mexer-se nem ver alhures (outro lugar)  exceto diante deles, pois a corrente os impede de virar a cabeça; a luz lhes vem de um fogo aceso sobre uma eminência (elevação, saliência), ao longe atrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa um caminho, ergue-se um pequeno muro, semelhante aos tabiques (parede pouco espessa) que os exibidores de fantoches erigem (erguem) à frente deles e por cima dos quais exibem as suas maravilhas.
- Vejo isso – disse ele.
- Figura, agora, ao longo deste pequeno muro homens a transportar objetos de todo gênero, que ultrapassam o muro, bem como estatuetas de homens e animais de pedra, de madeira e de toda espécie de matéria; naturalmente, entre estes portadores, uns falam e outras se calam.
- Eis – exclamou – um estranho quadro e estranhos prisioneiros!
- Eles se nos assemelham – repliquei – mas, primeiro, pensas que em tal situação jamais hajam visto algo de si próprios e de seus vizinhos, afora as sombras projetadas pelo fogo sobre a parede da caverna que está à sua frente?
- E como poderiam? – observou – se são forçados a quedar-se a vida toda com a cabeça imóvel?
- E com os objetos que desfilam, não acontece o mesmo?
- Incontestavelmente.
- Se, portanto, conseguissem conversar entre si não julgas que tomariam por objetos reais as sombras que avistassem?
- Necessariamente.
.......
- Considera agora o que lhes sobrevirá naturalmente se forem libertos das cadeias e curados da ignorância. Que se separe um desses prisioneiros, que o forcem a levantar-se imediatamente, a volver o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos à luz: ao efetuar todos esses movimentos sofrerá, e o ofuscamento o impedirá de distinguir os objetos cuja sombra enxergava há pouco. O que achas, pois, que ele responderá se alguém lhe vier dizer que tudo quanto vira até então eram vãos fantasmas, mas que presentemente, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê de maneira mais justa? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas passantes, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é isso? Não crês que ficará embaraçado e que as sombras que viu há pouco lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que ora lhe são mostrados?
- Muito mais verdadeiras – reconheceu ele.
- E se o forçam a fitar a própria luz, não ficarão os seus olhos feridos? Não tirará dela a vista, para retornar às coisas que pode olhar, e não crerá que estas são realmente mais distintas do que as outras que lhe são mostradas?
- Seguramente.
- E se – prossegui – o arrancam à força de sua caverna, o compelem (obrigam) a escalar a rude e escarpada encosta e não o soltam antes de arrastá-lo até a luz do sol, não sofrerá ele vivamente e não se queixará destas violências? E quando houver chegado à luz, poderá, com os olhos completamente deslumbrados pelo fulgor, distinguir uma só das coisas que agora chamamos verdadeiras?
- Não poderá – respondeu –; ao menos desde logo.
- Necessitará, penso, de hábito para ver os objetos da região superior. Primeiro distinguirá mais facilmente as sombras, depois as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas, a seguir os próprios objetos. Após isso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente durante a noite os corpos celestes e o céu mesmo, do que durante o dia o Sol e sua luz.
- Sem dúvida.
- Por fim, imagino, há de ser o Sol, não suas vãs imagens refletidas nas águas ou em qualquer outro local, mas o próprio Sol em seu verdadeiro lugar, que ele poderá ver e contemplar tal como é.
- Necessariamente.
- Depois disso, há de concluir, a respeito do Sol, que é este que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é causa de tudo quanto ele via, com os seus companheiros, na caverna.
- Evidentemente, chegará a esta conclusão.
.....
Imagina ainda que este homem torna a descer a caverna e vá sentar-se em seu antigo lugar: não terá ele os olhos cegados pelas trevas, ao vir subitamente do pleno sol?
- Seguramente sim – disse ele.
- E se, para julgar estas sombras, tiver de entrar de novo em competição, com os cativos que não abandonaram as correntes, no momento em que ainda está com a vista confusa e antes que seus olhos se tenham reacostumado (e o hábito à obscuridade exigirá ainda bastante tempo), não provocará riso à própria custa e não dirão eles que, tendo isso para cima, voltou com a vista arruinada, de sorte que não vale mesmo a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar soltá-los e conduzi-los ao alto, e conseguissem eles pegá-lo e matá-lo, não o matarão?
- Sem dúvida alguma – respondeu.
- Agora, meu caro Glauco – continuei – cumpre aplicar ponto por ponto esta imagem ao que dissemos mais acima, comparar o mundo que a vista nos revela à morada da prisão e a luz do fogo que a ilumina ao poder do Sol. No que se refere à subida à região superior e à contemplação de seus objetos, se a considerares como a ascensão sobre o meu pensamento, posto que também desejas conhecê-lo, Deus sabe se ele é verdadeiro. Quanto a mim, tal é minha opinião: no mundo inteligível, a idéia do bem é percebida por último e a custo, mas não se pode percebê-la sem concluir que é a causa de tudo quando há direito e belo em todas as coisas; que ela engendrou (gerou, produziu), no mundo visível, a luz e o soberano da luz; que, no mundo inteligível, ela própria é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e que é preciso vê-la para conduzir-se com sabedoria na vida particular e na vida pública.
- Partilho de tua opinião – replicou – na medida em que posso.

                       PLATÃO.  A República.  2ª ed. São Paulo, Difel, 1973. v.II, p. 105-109.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Código de Ética


Na aula passada (ontem) aprendemos sobre o Código de Ética profissional e como é usado nas empresas.
O Código de ética é um instrumento que busca a realização dos princípios, visão e missão da empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa, que tanto quanto o último empregado contratado tem a responsabilidade de vivenciá-lo.

Ética Profissional

A ética deveria ser posta em prática todos os dias. Mas, não é isso o que acontece. Exemplos? Quem já não levou materiais do escritório para casa? Quem já não estacionou o carro em vaga reservada para portadores de necessidades especiais ou idosos com a desculpa: "é só um minutinho, não vou demorar"? Quem já imprimiu folhas e mais folhas de papel, sem necessidade, comprometendo o meio ambiente? Onde está a falta de ética? A falta de ética está em não respeitar os outros, em ter uma atitude individualista e não coletiva, em não pensar no desenvolvimento sustentável, no nosso presente e futuro. Seja mais ético!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aristóteles escreveu esse texto no ano 360 A.C

Revolução da Alma

"Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregues a tua alegria, a tua paz, a tua vida, nas mãos de ninguém, absolutamente de ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão da tua vida és tu mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida. Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete o teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busca a divindade que existe em ti. Para de colocar a tua felicidade, cada dia, mais distante de ti. A razão da tua vida és tu mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida. Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete o teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busca a divindade que existe em ti. Para de colocar a tua felicidade, cada dia, mais distante de ti. Não coloques objetivos longe demais de tuas mãos, abraça os que estão ao teu alcance, hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares...busca no teu interior a resposta para te acalmares, tu és o reflexo do que pensas diariamente. Para de pensar mal de ti mesmo e sê teu melhor amigo, sempre. Busca no teu interior a resposta para te acalmares, tu és o reflexo do que pensas diariamente. Para de pensar mal de ti mesmo e sê teu melhor amigo, sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então, abre um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto, as pessoas terão as melhores impressões de ti e tu estarás afirmando para ti mesmo, que estás “pronto“ para seres feliz. Trabalha, trabalha muito a teu favor. Para de esperar a felicidade sem esforços. Para de exigir das pessoas, aquilo que nem tu conquistaste, ainda. Critica menos, trabalha mais. E não te esqueças, nunca, de agradecer. Agradece tudo que está na tua vida neste momento, inclusive a dor. A nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.”

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

História


Podemos resumir que a filosofia consiste no estudo das características mais gerais e abstratas do mundo e das categorias com que pensamos: Mente (pensar), matéria (o que sensibiliza noções como quente ou frio sobre o realismo), razão (lógica), demonstração e verdade. Pensamento vem da palavra Epistemologia "Episteme" significa "ter Ciência" "logia" significa Estudo. Didaticamente, a Filosofia divide-se em:
Epistemologia ou teoria do conhecimento: trata da natureza crença, da justificação e do conhecimento.

Na antiguidade, todos os filósofos entendiam a ética como o estudo dos meios de se alcançar a felicidade (eudaimonia) e investigar o que significa felicidade. Porém, durante a idade média, a filosofia foi dominada pelo cristianismo e pelo islamismo, e a ética se centralizou na moral (interpretação dos mandamentos e preceitos religiosos). No renascimento e no século XVII, os filósofos redescobriram os temas éticos da antiguidade, e a ética foi entendida novamente como o estudo dos meios de se alcançar o bem estar e a felicidade. 
Em Filosofia, o comportamento ético é aquele que é considerado bom. Os filósofos antigos adotaram diversas posições na definição do que é bom, sobre como lidar com as prioridades em conflito dos indivíduos versus o todo, sobre a universalidade dos princípios éticos versus a "ética de situação". Nesta, o que está certo depende das circunstâncias e não de uma qualquer lei geral. E sobre se a bondade é determinada pelos resultados da ação ou pelos meios pelos quais os resultados são alcançados.

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